Você sabe quanto
vale o seu estabelecimento?


Caro amigo Colibri, bom dia! Já pensou em "adotar" um sócio para sua empresa? Sabe como avaliar o valor do seu estabelecimento?

Abaixo, apresentamos algumas dicas valiosas retiradas do Blog do Empreendedor. Veja!

                                                                                                         Fonte Exame

Calcular o valor de uma pequena empresa é uma tarefa que não é considerada das mais fáceis, pois, temos vários fatores a serem avaliados e que podem provocar erros de entendimento. Se não for feito de maneira criteriosa as chances de vender a empresa por um valor inferior são grandes. Se errar para mais na precificação o negócio pode não acontecer. As duas situações devem ser evitadas.


Quando você pretende avaliar um imóvel chama um perito em avaliação de imóveis ou solicita a uma imobiliária uma avaliação comercial, e quando você precisa avaliar a sua empresa quem você chama? Começam aí as confusões.

Se fosse uma grande empresa seria fácil, elas têm acessos as grandes consultorias que realizam esse trabalho com confiabilidade e precisão.

E a pequena, por onde começar?

Você precisa conhecer conceitos de avaliação de projetos de investimento, que, com algumas adaptações são utilizados para avaliar empresas já em funcionamento. Estou falando de métodos como Fluxo de Caixa Descontado (FDC), Taxa Interna de Retorno (TIR), Payback, Multiplos, dentre outros.

Quem já leu um Guia de Franquias qualquer deve ter visto que toda oferta de um negócio é acompanhado por um quadro explicativo com várias informações como: investimento inicial, taxa de franquia, faturamento médio mensal por loja e prazo médio de retorno do investimento, pois bem, esse prazo médio de retorno nada mais é do que o tempo, em meses, que o empreendedor demorará para recuperar todo o capital investido na compra e implantação da franquia, uma das formas de calculá-lo é através do fluxo de caixa descontado.

Agregue a isso o conceito de custo de oportunidade. O investimento que será realizado no negócio tem que oferecer uma rentabilidade superior a uma aplicação financeira tradicional, considerando um fundo de renda fixa ou CDB, que oferecem risco próximo de zero.

Quais seriam os motivos que levariam alguém a sacar sua aplicação financeira e investir num negócio exposto a uma série de riscos? Isso só acontecerá se esse negócio oferecer rentabilidades maiores sobre o seu capital e que compensem a exposição aos riscos existentes e as horas trabalhadas, caso contrário o dinheiro permanecerá aplicado.

Logo, não existe uma forma única para se avaliar uma empresa, dentre as diversas metodologias, a escolha recairá sob aquela que for possível em termos de praticidade no cálculo, custo de elaboração e aceitação por parte dos negociadores.

Tal escolha será bastante influenciada pelo ramo de atividade e faturamento da empresa em negociação.

Então qual é o mais correto?

Cada caso é um caso, por isso sugiro que tente chegar a três preços, independente da metodologia:

a) Preço mínimo – A soma dos preços dos bens que a empresa possui, imóveis, veículos, máquinas, computadores, móveis, utensílios e estoques, seria quase que um preço de liquidação, caso você precisasse vender a empresa em partes, fatias. (isso geralmente acontece quando não se encontra um comprador)

b) Preço médio – Seria o preço mínimo acrescido de uma adicional que pode ser calculado em função do lucro líquido mensal que a empresa oferece. Imagine que na sua empresa esse lucro seja de 10 mil/mês, você pode multiplicar esse valor por um fator que vai de 12 a 36 meses e acrescentá-lo ao valor final da empresa. Considere aqui o conceito de prazo médio de retorno que será utilizado pelo investidor – tem que ser interessante para ele sob o ponto de vista do custo de oportunidade. (Isso tem que ser validado por uma das técnicas de avaliação)

c) Preço máximo – Esse seria o valor que estaria acima das suas expectativas, levaria em consideração o valor dos bens da empresa, o fluxo de caixa descontado ou Multiplos e um acréscimo de valor/prêmio que vem em decorrência da sua empresa oferecer um alto potencial de faturamento e lucro, que pode ser baseado em patentes registradas ou contratos de longo prazo firmados, situações específicas que garantam receitas atuais e futuras, além de uma rentabilidade superior a média do setor.

Se existirem bens e imóveis, em nome da empresa, mas que nada tem a haver com a atividade operacional, é recomendado que eles seja excluido da precificação.

Do valor encontrado, em quaisquer das alternativas anteriores deve ser deduzido a soma das dívidas em bancos, com fornecedores, fiscais e trabalhistas.

Concluindo, não existe uma única regra, nem uma única formula, terá que ser feita um composição de critérios para que se chegue num preço justo de valor da empresa, que mesmo assim estará carregado de uma boa carga de subjetividade.

O importante é que o negócio seja interessante para quem compra e para quem vende. É comum o vendedor achar que vendeu barato e o comprador que pagou mais do que deveria pela empresa.

Encontrar o meio termo na avaliação do negócio, que equilibre as expectativas de ambas as partes é o grande desafio da precificação da empresa.

Se este assunto for do seu interesse sugiro que entre no Google e digite a frase: “Avaliação de Empresas - metodos”, selecione textos e artigos de fontes seguras.

Existem também uma dezena de livros escritos, em português, sobre o tema e que muito podem agregar aos seus estudos.

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